segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O peso do pecado

Ao sentir a morte, as mãos começam a formigar. Os lábios, trêmulos e ressecados, avisam que algo de muito estranho está ocorrendo. Um frio arrepia a pele, a visão começa a ficar confusa. Um embrulho enorme no estômago começa. Enjôo, náuseas e dor. Um sensação de aperto no peito fica forte...vem a agonia. Enfim, sente-se como se algo estivesse indo embora. Os olhos vão fechando. As forças pra reagir se foram. A morte chegou.

Sem medicamentos, a morte é precedida de alguns sintomas, dores etc.

E como ocorre com a morte, não poderia ser diferente com o pecado quando concebido.

"Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte." (Tiago 01:15)

No caso do pecado, os sintomas acontecem depois. Pois depois do pecado, vem as dores e depois a morte.

O pecado, traz consigo uma grande quantidade de dores. Enquanto pecamos, o prazer não nos cega, pois não somos tão inocentes assim, mas ele nos alcooliza e ainda que tenhamos total consciência do que estamos fazendo, decidimos continuar porque é prazeroso, ainda que não seja bom. Depois do pecado, o sentimento de vazio chega com tudo. Uma sensação horrível toma conta do corpo. Aos poucos vai dando uma vontade de chorar. Arrependimento. Esta é a palavra. Não nos arrependemos do que é bom. Se isto acontece é porque algo de ruim foi concebido. O Espírito de Deus, que é puro, sem pecado algum, imaculado, começa a se contorcer todo. De dentro do corpo parace dar pra ouvir o Seu grito: "nããããoooooooooo"!!!! Como se as toxinas originadas pelo ato pecaminoso, invadissem a nossa corrente sanguínea como um veneno e "atacasse" o Espírito Santo de Deus.

Aperto no peito, choro, angústia...AGONIA.

O pecado deixa em todos o seu espinho na carne. Não vale a pena pecar.

Mas como filho de Deus, eu experimentei algo maravilhoso. Ao orar chorando, o Senhor Jesus veio pessoalmente e com as suas mãos retirou uma cruz de ferro fundido das minhas costas. Naquela hora, senti um alívio gigantesco. Ele então me pegou em seus braços e me beijou. Cortou então a sua pele, pegou o seu sangue e começou a lavar-me. Percebi que ele chorava comigo pois suas lágrimas me molhavam e ao entrar nas minhas narinas e boca, limpavam o meu sangue...senti que o meu pecado estava indo embora. Meus olhos, antes fixo e negros, algora começavam a ver nitidamente a face de Cristo. Abri um sorriso. Estava recuperando as minhas forças. Fiquei de pé. Beijei-o e ouvi dele: "porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados." (Jeremias31:34). Depois de uma pausa Ele concluiu com uma cara séria: "Eu não te condeno, vai e não peques mais" (João 8:11).

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Você conhece crente que fala palavrão?

Pra começar, eu conheço. Também sei de crente que não dá passagem no trânsito. Fica com aquele olhar fixo pra frente sem olhar pros lados para não ter que aceitar um pedido de outro carro para entrar na sua frente. Sei de um que quando um carro atrás aparece e faz um sinal com a “luz alta”, ele aperta no freio. “Só de mal”. E depois deixa o “cara” passar, pra depois ficar atrás e “descontar” com luz alta. Vi um também que, discutindo com a mãe, chegou ao ponto de mostrar-lhe o dedo médio e mandá-la praquele lugar. Uma vez soube de um que quando podia, traía a sua esposa. Enfim. Mas por que isso acontece? Por que o Espírito Santo que habita nessas pessoas não as mudou?
Por favor, não me responda que é porque essas pessoas não se converteram de verdade. Porque assim, você se torna juiz. E deixe para Jesus o poder de enxergar “além do alcance”.
Mas há algo mais intrigante. Você conhece alguém que mudou radicalmente a sua vida mesmo sem “conhecer a Cristo?” Tipo, alguém que era de um jeito, começou a refletir melhor o seu jeito depois de assistir uma palestra de programação neurolinguistica, auto-ajuda ou motivação? Alguém que após ler algo, transformou o seu comportamento? Você sabe de alguém que, sendo Espírita, é mil vezes melhor de conviver do que um evangélico? Pense bem. Quantas pessoas entram em grupos como AA etc. e sem entregar a sua vida a Cristo, são transformadas??!!! Muitas. Mas por que?
Isso tudo ocorre por um motivo simples. O comportamento não identifica alguém perdoado por Cristo, alguém lavado em Seu sangue. Um bom comportamento deve ser um objetivo de vida pra todos, independente de qualquer coisa. Ser educado, gentil, amoroso, generoso tem que se tornar um alvo diário. Se assim não for, o nosso convívio se tornará insuportável.
Tentar identificar alguém pelo comportamento em primeiro lugar é pura arrogância, prepotência. Pois quem julga, no fundo, acha-se juiz, um modelo: “Ah se todos fossem iguais a mim”. Além do mais não cuida da própria vida e não enxerga seus próprios defeitos. “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” (Mateus 7:03)
Assim, a diferença está no recebimento imerecido da salvação da alma oriunda da misericórdia e graça de Deus e não no comportamento.
Cuidado com a sua arrogância.
“Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (1 Co 10:12)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Por que você não quer mais ir à Igreja?

Segue alguns trechos do livro "Por que você não quer mais ir à Igreja" de Wayne Jacobsen, colaborador de A Cabana, no qual João responde Jake sobre Deus. Uma observação: Jake é pastor batista!

"Caminhar na direção Dele é caminhar para longe do pecado. Quanto melhor você O conhecer, mais livre do pecado estará. Mas ninguém pode se afastar do pecado, Jake. Não com as próprias forças! Tudo o que Deus quer fazer em você será feito, contanto que você aprenda a viver em Seu amor. Toda ação pecaminosa resulta da desconfiança no amor e nas intenções de Deus em relação a você. Pecamos para preencher lugares perdidos, para tentar lutar por aquilo que achamos que é melhor para nós ou para reagir à nossa culpa e à nossa vergonha. Quando você percebe quanto Ele o ama, tudo isso muda. À medida que cresce sua confiança Nele, você vai se vendo cada vez mais livre do pecado."

"Pode ter certeza de que o ajudou de maneiras que você ainda não percebe. Ele o está libertando das coisas nas quais você costumava buscar segurança no passado. Elas impediam que Deus fosse para você o Pai que ele sabia que você desejava, e de qualquer forma eram falsas esperanças. Perdê-las é sempre doloroso, eu sei, mas você se engana quando pensa que Deus se virou contra você, ou que de certo modo o vem ignorando."

"O sofrimento muitas vezes indica que Deus está nos libertando de algo para que possamos segui-Lo e integrá-Lo mais profundamente em nossa vida. Caminhar com Deus sempre significa ir contra a maré. Não espere que a situação se adapte facilmente a essa jornada. Ela vai resistir a cada momento. Deus quer ensiná-lo a caminhar com Ele através de todas essas coisas, para que você possa conhecer a alegria e a paz que transcendem as circustâncias."

"Ele não define essas bênçãos nos mesmos termos que você. Ele o está guiando numa jornada mais longa do que você é capaz de imaginar. Continue seguindo-O e ficará absolutamente impressionado. A coisa mais difícil que vai aprender nessa jornada é a desistir da ilusão de controlar a própria vida ou de ser capaz de manipular Deus para que Ele o abençoe."

"Deus vai providenciar. Ele sempre faz isso. Só que você não fica sabendo. Se você não tem emprego nem seguro-saúde, isso não significa que Ele vai abandoná-lo. Se algumas pessoas estão destruindo a sua reputação, isso não quer dizer que elas terão a última palavra. Deus não é uma fada madrinha que recorre à varinha de condão para deixar tudo do jeito que queremos. Você não irá longe se questionar o amor de Dele por você todas as vezes que suas expectativas não forem atendidas. Ele é o seu Pai. Sabe bem melhor do que você aquilo que você necessita. Ele é um provedor muito melhor para você e para a sua família do que imagina. Está trazendo você para a vida com Dele e, em vez de livrá-lo dessas coisas pelas quais está passando, preferiu usá-las para lhe mostrar o que são a liberdade e a vida autênticas."

"Deus agoniza junto com você. Como não, se o ama? Ele não faz isso para você, mas está trabalhando em meio à imperfeição deste mundo para cumprir algo maior em você. Convença-se disso, e até o espinho das situações difíceis será polido. Você O encontrará no meio delas e O verá cumprir Sua meta sem o seu controle. É aí que a vida Dele começa de fato a tomar conta de você.

"E ainda seria capaz de desfrutar a presença de Deus enquanto Ele está resolvendo tudo. Você sente falta daquilo que os autores do Novo Testamento proclamavam: embora Deus não orquestre nossos sentimentos, ele os utiliza para levar a liberdade ao mais profundo do nosso ser. Se você caminhar ao lado Dele, em vez de afastá-Lo com queixas e acusações, ficará surpreso com o que Ele fará."

"Estou meramente ajudando-o a ver do que Deus é capaz na situação em que você se encontra. Ele não precisa que você finja. Você levantou algumas questões sinceras, e Deus é grande o bastante para lidar com elas. Não fuja do seu sofrimento nem tente escondê-lo Dele. Isso não vai impressioná-Lo e não ajudará você. Leve a sua raiva até Deus. Ele sabe como conduzí-lo em meio a tudo isso e lhe mostrar Sua glória de formas com as quais você nunca sonhou."

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O que me faz feliz

"Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho." (Filipenses 4:11)


"Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão." (1 Timóteo 6:6-11)


Contentamento. Esta é a palavra. É diferente de Acomodação. Esta última significando aproximadamente ficar parado. Inerte. Tornando-se um expectador passivo e apático.


Complementando Paulo, um provérbio chinês diz: "Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo de ficar parado."


Sentir-se contente com o que você adquiriu, construiu, possui, ama, ganha e vive é entender de forma plena que uma completa felicidade somente ocorre nos braços do Pai. Ser plenamente feliz é uma busca cansativa, imatura, ilusória, insana e frustrante. É correr atrás do vento como diz o Pregador.


Está contente é encontrar alegria no que você possui. É sentir por um momento feliz quando está na companhia de alguém que lhe faz muito bem. É olhar para a sua vida e dizer que é contente. Mesmo tendo o desejo que melhorar a sua remuneração para poder usufruir de mais momentos prazerosos. Mesmo possuindo a vontade de está, algum dia como o executivo da empresa em que trabalha, porque você sabe que desse jeito poderá aplicar melhor a justiça e distribuir o bem. Querer mais não significa que você está descontente. Pode querer simplesmente dizer que o esforço que você precisará aplicar para ganhar o que ainda quer não terá o poder de furtar o tempo que hoje você tem pra você, sua família, amigos, igreja, leitura, futebol, cinema, uma boa noite de sono...para o seu Deus. Porque se o delta, o gap, a diferença for suficiente para destruir tudo isso ou parte disso, simplesmente não vale a pena. É correr atrás do vento. A idade vem. A morte chega. O encontro com Deus será real.


Reconheço que nas empresas pode ser uma irresponsabilidade com seu cargo comentar que você está contente com a sua posição e com a sua remuneração. Aliás, todos querem crescer. Falar que está contente significará neste mundo corporativo cruel e ausente de Deus que você está acomodado. Mesmo sabendo que são coisas completamente distintas.


E olha que se vê cada um fazendo cada coisa para "crescer".


Na empresa que trabalho hoje tem alguém que impressiona. Sabe aquele cara que estava parado faz um tempinho, tem um pouco mais de 60 anos e aí apareceu uma oportunidade de trabalhar numa boa empresa, num bom cargo. Ele sabe que alí é fim de carreira. Ou seja, se vacilar, nunca mais consegue nada. Este medo faz dele agarra-se com unhas e dentes e tudo o que puder nesta cadeira. Quando digo tudo, significa fazer tudo sobre qualquer preço pra ficar. Mas, porque ficar, se pode crescer!!! Assim, quando o medo passou, a meta de ser...ser....sinceramente, eu nem sei se ele tem claro o que quer...só acho que ele quer subir e subir e subir, foi substituída pelo querer poder. Sabe aquela falsa sensação que o empregado tem que vai um dia incorporar emprestado o sobrenome da família que controla a empresa? Então. Acho que é isso. A meta dele é não sair do lado do dono. Assim, ele aparenta ter poder. E olha que isso muitas vezes não se reflete em aumento de salário. Pessoas assim só querem prestígio.


E assim vai. E para crescer para o dono é essencial concordar com o mesmo. Não contrariar. Não se desgastar. Eu sou contra este princípio. Sou a favor do que é correto ainda que seja amargo. Mas quando o interesse em si próprio é maior que na organização, o caminho é da paz com o dono e guerra com quem for contra. Ainda que eu reconheça que esse tipo de pessoa tende a ter uma vida curta. Qualquer máscara cai com o tempo. O problema é quando esse tempo demora e permite causar vários estragos.


Qualquer dono quer o que? Cortar custos. Principalmente quando a sua formação é de custos e não comercial. E como esse cara se posiciona ao lado do dono quando alguém passa na sua frente, tem uma idéia boa e apresenta ao dono? Ele pensa: "eu fico muito mais simpático com o dono se eu falar que tá muito caro e que tudo pode ser cortado. Tem gordura demais." Assim sendo, com muita ironia e um humorzinho sem graça ele vai comentando e sugerindo cortes e cortes e cortes. Comenta também que "há muito espaço para crescer" (qual o dono que não gosta de ouvir isso?!). Enfim. No final eu cheguei a um opinião triste. Mesmo cedo, desisti de lutar para inovar. Pra que? Já vi essa história, sei o final e conheço pra onde a corda quebra. Serei mais real que o rei? Quanto vale a pena? Sabe, o que quero pra mim é usufrir o maior tempo possível do que faço hoje: pagar as contas em dia, mesmo que não sobre nada, chegar cedo para treinar o meu Aikidô, chegar em casa, beijar minha espôsa e jantar com ela, depois beijar muiiiiiitooo os meus filhos pequenos, jogar videogame com o meu filho e brincar de carrinhos e de trocar as roupas das bonecas da minha filha, tomar um bom banho, deitar na cama com a minha espôsa, assistir um pouco de tv, amá-la quando a casa cai no silêncio e assim aguardar o fim-de-semana para ir a praia, ver os primos e tias, tomar banho de piscina, domir, acordar e dormir mais um pouco, ler, descansar e assim retomar o trabalho na segunda.


O que me faz feliz é entender o significado da palavra contentamento.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Minha Guerra contra a Angústia

"Visto que os meus pensamentos me fazem responder, eu me apresso." (Jó 20:2)


Em 2002, eu estava como gerente de uma empresa de TI. Tinha 24 anos. Mesmo conhecendo muita gente com 24 anos com muita maturidade e competência, eu naquela época não estava nem perto disso. Não fui preparado pra isso. Mas era muito inteligente. Se falsa modéstia mesmo. Admito isso sem me considerar um pouquinho arrogante. Bem, já tinha um bom poder de usar as palavras, prospectar e construir relacionamentos. E conseguia agendar visitas com pessoas onde gente "maior" que eu suava muito. Eu fazia numa naturalidade incrível. Isso tudo despertou o olhar do Diretor Comercial. Um cara simplesmente fantástico. Na época ele tinha recém me convidado pra assumir a gerência como um teste. O anterior tinha se desligado. Eu aceitei. Ganhei um carrinho da empresa. Fiquei todo cheio. A primeira coisa que fiz? Fui pegar meus ex-colegas no trabalho no carro da empresa e almoçar. Claro que nenhum deles precisava saber que eu ainda permanecia com o salário de estagiário: R$ 600,00. Eu menti. Disse que ganhava R$ 1.500,00. Vixiiiiii!! Já era o cara que ganhava mais grana entre os meninos.


Depois de 01 mês como "gerente" eu recebi os meus 600 conto. Olhei. Li meu cartão. Lá estava Gerente Comercial e a logo é de uma gigante no setor. "Sabe de uma coisa. Eu acho que tão me fazendo de besta. Estão me usando pra tampar um buraco e devem está procurando um substituto." Fiquei martelando aquilo. "Tudo" se encaixava. E eu me permiti repetir aquilo por muitas vezes. Até que começei a comentar com alguns amigos. Claro que todos tão imaturos quanto eu. E obviamente eu vendia, mesmo sem querer, a história como eu queria que fosse. Os amigos disseram que eu estava certo. Tudo aquilo era armação. Eu era um "tapa-buraco". "Onde já viu macho, um gerente ganhando 600 conto!!! Tá doido?". Aí não deu outra, comecei a me articular pra sair. Conversei com um, falei pra outro e ôpa. Apareceu uma pessoa. Convidou-me pra trabalhar com ele. A "possibilidade" de ganho era 4 vezes maior. Não pensei duas vezes. Liguei pro meu Diretor e informei que estava saindo. "Que é isso? Você tá brincando? De forma alguma. Você me espere aí. Tô no Rio Grande do Sul mas amanhã mesmo estou aí pra almoçarmos."


No outro dia ele chegou. Tava assustado. Foi simpático como sempre. Fomos almoçar. Eu expliquei. Falei tudo (sempre esse foi o meu problema). O que pensava etc. Ele riu com o sorriso de um homem maduro observando um rapaz como o seu filho falar besteiras. E falou uma coisa que eu nunca esqueci: "Uma mentira dita cem vezes vira uma verdade". E aí ele foi tranquilamente (só os inseguros são afobados) me colocando que nunca houve esse pensamento. Que era sim um teste. Que eu não tinha experiência o suficiente, mas que ele gostava e apostava muito no meu futuro e não podia pagar alto pra ver se ia dá certo. Que meu salário iria ser ajustado gradativamente para não me queimar caso eu precisasse de uma ajuda etc etc etc. Meu Deus!! Como pude construir aquela idéia que se tornou tão fixa na minha mente? E é porque tudo se encaixava de forma lógica. Acabei ficando. Ao final os sentimentos dele estavam corretos. Eu era uma aposta. Acabou não dando certo. Eu tinha tudo mas não deu certo porque faltou o principal: maturidade.


Mas como sempre soube me vender bem, no mesmo dia que saí de lá, já fui contratado por uma empresa bem maior e iria pra lá ganhar R$ 2.500,00. Pôxa. Que salto. Soube usar o cargo e as responsabilidades de ex-gerente de uma multinacional. O motivo do desligamento a gente dá um jeito.


Mas uma coisa começou a acontecer a partir daí. Eu fui crescendo rápido de salário e responsabilidade. De 2.500 pra 4.000 e depois pra 6.000,00... e junto com isso o hiper, super e grandioso medo de perder isso. Já tinha 2 filhos. E se eu perdesse??? Foi neste momento, há aproximadamente 3 anos que a minha insegurança atingiu o seu hápice.


Desde adolescente eu tinha criado uma idéia fixa que não sei de onde se derivou: eu tenho que dá certo até os 30 anos. Se não conseguir isso...pronto. É o fim.


Aí eu fui chegando aos 28, 29 etc. Aos 29 ainda me achava um cara muito novo e com um bom salário e grandes responsabilidades. Até que um dia eu pequei. Caí em desgraça. Fui ao fundo, do fundo, do fundo por poço. Depois de erguido e limpo pelo perdão de minha espôsa e pela misericórdia do meu Senhor Jesus, eu somei a minha insegurança um sentimento de culpa colossal e gigante.


Convivo então com dois sentimentos que não me deixam em paz: culpa e medo. Tenho 31 anos. Ganho R$ 5.500,00 e tenho muito, mas muito medo de perder isso. Qual o motivo?? Nenhum. Não tenho nenhum motivo. É medo sem motivo. Enquanto o presidente da empresa está em contato comigo...tudo corre bem. Mas ele viajou. Passou 10 dias fora. Aí meu amigo...eu simplesmente tenho a certeza que serei desligado nesta semana. Por que?? Nada. Não sei. Só sei que hoje eu não consegui ir trabalhar. O nome é AGONIA. E grande. E dolorosa. O peito parece que vai explodir. Sinto como se o coração tivesse cada vez mais sendo acelerado. Fico sem ar. A respiração fica ofegante. Vem uma impaciência difícil de controlar. Começo a chorar. Inquieto. Não posso ficar em casa pois moro vizinho ao meu sogro e aqui acolá alguém aparece. É constrangedor em plena segunda-feira ser visto pelo sogro deitado em casa. Pego o carro e saio....totalmente sem rumo. Ligo pra quem?? Faço o que?? O certo é ir trabalhar...mas estou com medo de chegar lá e ser despedido. Mas me pergunto: "mas macho, há motivo?", eu mesmo respondo: "não. é nóia.". Mas é como se um bicho pulasse nas minhas costas, socasse o meu estômago e me empurrasse pra baixo. Dentro do carro tenho vontade de gritar: "Socorro". Aí passo no trabalho da minha amada espôsa. Vou ao lado cortar o cabelo. Depois saio. Tenho que ir ao trabalho. Passo ao lado mas não consigo parar. Chego enfim na casa da minha mãe. Almoço. Abro o notebook e começo a escrever isso aqui pra ver se esta agonia sai. Mas eu queria mesmo era chorar e muito. Sei que se eu for dormir, eu acordo mais aliviado. Organizo minha cabeça e amanhã será diferente. Mas não consigo dormir sendo segunda-feira.


A minha vontade agora é chegar pra algum médico, ajoelhar-me e clamar: "pelo amor de Deus. Tô precisando tomar alguma coisa pra apagar, relaxar e acordar sem essa dor no peito. Sem essa agústia".


O que fazer??? Resta-me orar.


"Senhor meu Deus e Pai amado. Há tempo que não falo com você. Claro que é vergonha do tempo que não oro a Ti meu Deus, mas Pai creio na Tua infinita misericórdia e por isso clamo pelo Teu perdão. Desculpa Deus por chegar e encher a tua paciência com o meu único problema que é essa agonia que não passa. Socorre-me Deus. Ajuda-me a administrar isso, a dar descanso a minha mente tão dolorida. Peço força pra me levantar. Obrigado Pai pela minha santa espôsa e pelos meus lindos filhos. Mas uma vez clamo pelo perdão dos meus pecados. Amém."

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Numa organização, quanto mais cresce, menor é o jogo de cintura e maior é a política

Tudo começa bem. São 5, no máximo 10 pessoas. As funções se confundem, a responsabilidade são de todos. Todos ali desejam uma coisa só: que tudo dê certo. Que as metas sejam cumpridas. Que todos consigam o que querem.

Quando alguém percebe que outro tá precisando de alguma coisa....ôpa!!! Pera í macho...que te ajudo. Leva prum lado, pergunta pro outro..pensa e pronto, todo mundo acha uma solução.

O dono é simplesmente o dono, bem mais simpático que a figura de um presidente. Foi basicamente quem recrutou aquela "galera" toda alí.

Mas um belo dia, um contrato maior é fechado. Ok. Até aí tudo bem. Todo mundo se abraça. Parabéns cara...se garantiu. E aí, tá precisando de alguma coisa?? Qualquer coisa, pode contar conosco (até aqui esta frase foi sincera. você pode contar mesmo).

Aí com esse contrato há a necessidade de contratar mais alguém. Chove de indicações, mas alguém diz: cara (falando com o dono), "tá na hora" de profissionalizar aqui. Você ainda vai crescer muito. É importante que a gente construa uma base. Distribua direitinho as funções. Crie indicadores e tal. É verdade-diz o dono.

Veja só como começa a esculhambar o negócio.

O outro aí que sugeriu tudo, começa a se sentir distante em "percepção estratégica" dos demais. Fica "no ar" um clima de "ele é agora o assessor". Há uma "tiração" de onda e tal..mas a coisa vai ficando. O dono já não conversa com todo mundo e não troca umas idéias como ates. Agora, dá um toque pro pseudo-assessor e o convida pra "descer e tomar um café". Alí há a verdadeira reunião. As estratégias, quem presta "quando a empresa tiver x filiais etc etc etc", "quem poderia dirigir uma área" e vai e vai e vai.

Agora, quando um cliente liga, não ocorre mais aquele alvoroço de todo mundo querer atender da melhor forma. Naquela época, o cliente não era de ninguém. Era da empresa. Mas agora?? Tudo se profissionalizou. Há o "dono" do cliente. E o pior. Ele não se encontra. "Bom dia. O seu dono está externo. Vou lhe passar pra telefonista e ela anotará o recado." "Mas eu queria só de um informação sobre o meu pedido". Nesta hora, a tela de consulta se encontra aberta na frente do cara. "Eu não tenho acesso ao seu pedido. Realmente é somente com o seu dono. Mas não se preocupe. Creio (antes ele mesmo se comprometia) que ele dará um retorno. Ok? Estou passando agora pra telefonista".

E o senso de um por todos e todos por um começa a morrer.

Depois de uns contratos a mais e a abertura de uma filial. O dono gente boa agora é o presidente. Antes, todo mundo chamava de onde tivesse. "Qual foi mesmo o prazo que a gente fechou com ele?", "30 dias" - respondia o dono. Agora, você fala com a secretária do presidente. Lembra??? Era a meninazinha, tua amiga e tal. Agora as coisas mudaram. É tudo muito formal. Ela liga do telefone e diz que você quer falar com ele. O detalhe é que ele está te vendo de um vidro. Aí vem a bomba. O peito dói nesta hora. "Ele não vai poder te atender agora. Deixa aqui que eu levo pra ele". Puxa vida, é uma desgraça mesmo. Você fica todo errado. É meu amigo, as coisas estão mudando mesmo.

A briga então começa a ser não pelo resultado comum, não pelo bem comum, mas para ficar o mais próximo possível do presidente, antes dono.

Quem fica mais próximo, aparentemente tem mais prestígio, mais poder. E mais poder concede mais status, ainda que não tenha relação com salário. O que vale mais agora são os cargos de diretoria. E aí com os "eleitos" para diretor, surgem os grupos de "afiliados". Cada um correrá para ser "próximo" do diretor com maior poder. Pronto, fincou-se as raízes da política.

"Você não vai acreditar!" - fala um babão de um grupo, "Diz" - diz o seu diretor, "O danadão lá gastou errado o dinheiro. Aplicou mal. Não deu certo. Ele achava que o certo era aquilo mas o correto está se mostrando outro". "Deixe comigo" - fala o diretor. "Lembra de mim", "Não se preocupe. Confie em mim".

O diretor então entra (ele tem o passe livre. E isso estufa o peito de qualquer um) na sala do presidente, apresenta alguma besteira, só de entrada e mete a faca no colega agora: "sabe dizer se tá dando certo o projeto lá?","você me lembrou bem. deixa eu ver aqui...tal, vamos ver...êpa..o que é isso. Parece que deu errado. Se essas informações estão corretas, investimos errado.", "olha, aqui entre nós...por favor, não entenda mal o que vou falar. você sabe, você me conhece. eu penso na empresa. mas gostaria de sua discrição. ok?", "claro". diz ai", "naquele dia num quis dizer nada...aliás até tentei...você viu (aqui ele está mentindo. induz o outro a concordar) que eu até me coloquei, mas ele parace um pouco dificil quando outro dá uma idéia. parace até que o projeto é dele e não da empresa (esta foi de matar...foi a pior). Aí você a de crer que o melhor a ser feito é ficar na minha e foi o que fiz. Mas a minha vontade era de investir no outro.", "será????", "claro", "faz assim (vai dá uma de bonzinho). ele deve ter dado todo o gás (pense num cara falso). errar, todo mundo erra. só pede pra ele tentar investir no outro". "ok".

Pronto, o presidente liga pro outro e pede pra ele mudar de estratégia. A coisa dá certo. Até porque analisar enquanto acontece uma ação, é mais fácil de corrigir que quando se tenta prevê-la.

O presidente convoca uma reunião. Primeiro, chama o que errou e o demite. Depois, chama o diretor lá e pergunta quem na visão dele poderia ir pra vaga do que saiu. Bingo!!! O seu amigo fica então indicado e assume a diretoria. Claro que a partir daí as pessoas já entendem o que fazer pra crescer: queimar os outros. Além disso uma boa parte vai começar a treinar a sua política. E o mais novo diretor vai tratar de queimar a equipe antiga para poder renová-la.

E conviva com tudo isso quem tiver estômago.

sábado, 20 de junho de 2009

O que errei até agora nesta vida

  • Errei em me permitir receber a superproteção do meus pais, mesmo quase sempre tendo a total e plena consciência que eu estava sendo presenteado com algo que iria me prejudicar
  • Errei em sendo superprotegido não lutar contra a insegurança e a hiperansiedade que já fruticara fortemente em mim
  • Errei em sabendo que estava crescendo inseguro e ansioso, ainda assim aceitava quando a minha mãe e o meu pai tomavam a minha frente e me defendiam
  • Errei em me acovardar debaixo da saia da minha mãe e não enfrentar o mundo com todas as suas maldades naturais e assim incorporar os anti-corpos necessários para sobreviver com equilíbrio nesta selvagem vida
  • Errei em não afastar a preguiça e ser forte no enfrentamento dos estudos necessários e assim evitar o que até hoje sofro com a ausência de um canudo fútil, fugás mas necessário para a cabeça dos RHs que influenciam quem contrata
  • Errei em não procurar e não aceitar que o mundo tende a dar vitória aos que procuram o equilíbrio em tudo
  • Errei em entender o valor das palavras constância, sempre, continuamente, rotina, passo-a-passo, degrau-a-degrau, calma, devagar e sempre, um passo de cada vez e paciência
  • Errei em crer demais, em não entender que há pessoas mais ruins que eu e assim evitar a dor que paguei muitas vezes pela inocência
  • Errei quando aceitando a Cristo me tornei arrogante e procurava estudar a Bíblia para entrar em disputas e "ganhando" massagear meu ego
  • Errei quando não evitei tudo aquilo que envaidece e não afastei as armadilhas do ego massageado
  • Errei quando no colégio tentei sobre todas as coisas "aparecer", tornar-se popular e assim tive que engolir humilhações durante um longo e horrível período de anos
  • Errei em não acreditar que o certo é ser discreto
  • Errei em acreditar que necessitar de medicamento "para a mente" é atestar ser um fraco e derrotado diferentemente de pessoas que simplesmente vão em frente atropelando todas esses sintomas de "frescura".
  • Errei em não procurar ajuda médica antes e entender que minha genética+meus traumas+sequelas (feridas) que ficaram+memórias de minhas experiências têm forte influência no não funcionamento correto físico-químico na produção e administração por parte do meu corpo de minerais essenciais para a mantenção do meu equilíbrio. Oh Deus meu!! O quanto poderia ter sido evitado!!!
  • Errei nas diversas vezes que não saí ao encontro e não beijei, dentro de casa, a minha espôsa quando ela se encontrava triste, melancólica ou chorando mesmo sendo a única razão a de que é mulher e assim sendo não há razão nenhuma
  • Errei e erro porque não repito à minha espôsa o que falava "minutamente" quando namorávamos e falo sempre ao nossos filhos: "eu te amo"
  • Errei porque administrei mal o meu dinheiro e não fiz poupança
  • Errei porque demorei muito por jogar "as minhas vacas" no precipício e assim construir de forma sustentável e independente as minhas próprias vitórias
  • Errei porque traí um dia o amor, a incondicional dedicação, a pura paixão da minha espôsa e os abraços ternos e macios de meus filhos por minha fraqueza vil, imunda e irresponsável
  • Enfim...errei demais
"Pai, clamo por Seu misericordioso amor e suplico o Seu gracioso e completo perdão. Graças te dou Ô Deus porque antes de aceitar o meu pedido para ser Teu filho, Tú me tocastes e me elegeste ates do meu nascimento. Assim como elege e chama a todos ao arrependimento do pecado. Tem misericordia de mim Pai amado. Em nome do Teu filho e meu Senhor e Salvado Jesus Cristo. Amém."

terça-feira, 9 de junho de 2009

ôxe!!! E crente bebe???!!!!

"Porque Deus me é testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo" (Filipenses 1:8)

Neste retorno à cidade de Recife, acabei ficando um pouco mais. Já estou no 7º dia. Restam 5 para voltar a ver a minha espôsa e os meus filhos.

Mas está sendo profissionalmente compensador e neste domingo foi também pessoalmente gratificante.

Aqui em Recife reside um amigo que por 6 anos trabalhou na área de planejamento e orçamento de uma mega multinacional no ramo de bens de consumo, principalmente no segmento de higiene pessoal. Lá ele trabalhava com SAP R/3 e Microstrategy como ferramente de BI. No entanto, 70% de seus relatórios eram prontos no excel. Ele então percebeu que aquilo estava errado. E entendeu que algo semelhante ao usado em aviões deveria ser criado. Um piloto, por exemplo, não tem como "imprimir" relatórios sobre as condições do avião em pleno vôo. Ele possui, para auxiliá-lo, cockpits ou indicadores que informarão a ele se o que ele planejou está sendo cumprido ou não.

Esse cara passou, no início, por alguns problemas. Ele, ansioso, escolheu mal uma integradora de soluções em TI para ser sua distribuidora ao mesmo tempo que ele não tinha suporte para o crescimento.

Enfim, o negócio depois de 5 anos deu certo. Ele pensou em desistir 4 vezes. Mas hoje goza de seus acertos.

A empresa do qual trabalho é hoje cliente dele.

Em uma visita na semana passada, o presidente da empresa esteve e Recife. Nós viemos juntos no mesmo vôo. E eu fiz questão de apresentá-lo a esse meu amigo.

Ele, o presidente da empresa, ficou encantado com a ferramenta e fechou negócio. E eu fiquei responsável por implantá-la para na próxima reunião do comercial, a mesma ser usada.

Neste exato momento estou aqui em Recife no escritório deste meu amigo, trabalhando neste software, com uma visão da praia aqui no Recife antigo. A sala tem uma vidraça de 10 metros onde se tem uma fantástica visão panorâmica, lado a lado, do mar.

E neste domingo fui conhecer Olinda. Estou apaixonado particularmente por uma pousada chamada Pousada dos Quatro Cantos (www.pousada4cantos.com.br). Ela fica num casarão do século XIX. Foi um dos, se não o local mais aconchegante que já conheci.

Foi engraçado porque estava com uns parentes e meu tio dá maior valor tomar umas e outras. Nós fomos almoçar as 15 horas. Mas até lá, paramos em uns 5 bares. Cada barzinho aberto que se via, a gente sentava, contemplava o lugar, comentava as mesmas coisas de: "como vale a pena viver a vida para poder desfrutar de momentos como aqueles", e tomava umas 2 cervejinhas. Foi fantástico.

A minha tia perguntou: ôxe, e crente bebe? eu falei: "tia. no meu entender, a Bíblia se posiciona contra a enbriaguês, que é o estado em que o álcool toma conta de mim e eu a partir dalí me torno irresponsável com o que Deus me deu, que é meu corpo, o falar, o proceder etc. Então, evito beber até me embriagar pois há uma grande chance de dá um péssimo testemunho. Mas degustar uma bebida é algo que vejo de forma muito tranquila. Até porque o vinho tem um teor alcóolico muito maior que a cerveja. Os refrigerantes tem um teor de açucar e alguns de sódio que fazem muito mal etc etc etc. Vejo isso como preconceito, inteligência limitada na interpretação bíblica e falsa moral."

E foi isso. O domingo foi excelente. Tiramos um cochilo depois do almoço. Assistimos a dança dos famosos do Faustão, depois jantamos e eles foram me deixar no hotel.

Nós, crentes precisamos nos libertar de nossas ignorâncias bíblicas e admitirmos que muito do que cremos que a Bíblia proíbe vem do que nossos pais, pastores etc. nos ensinaram como sendo palavra de Deus e na verdade eram também o reflexo do que receberam de orientação de seus pais e líderes.

Usar passagens soltas para justificar uma orientação não vem de Deus. Vem da arrogância de imputar a você o que o orientador crer que é correto.

Um exemplo é o versículo abaixo. Muitos usam até a bebida forte. O vinagre e a uva são omitidos.

"De vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá." (Números 6:3)

Viva a Graça, viva a Misericórdia!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Na empresa ou na vida. Ficar na minha. Ser discreto. Falar o menos possível. Essa é a lei.

Acabo de voltar do Shopping Recife. Não o conhecia. Fui procurar uma livraria. Hoje no centro avistei a Livraria Cultura. Pensei quando cheguei no hotel por volta as 20:30 depois de um dia de trabalho que começou as 7:00 da manhã, em visitar a Cultura. Mas o Shopping Recife é vizinho e me informaram que lá existe a Saraiva.

É realmente uma grande livraria. Acabei comprando um livro: "Hábitos de Consumo".

Sabe, mudei muito mesmo o meu comportamento na empresa. Antes eu não aceitava e ficava demasiadamente incomodado em ser mais uma peça no tabuleiro de xadrez. Não que isso signifique que pra mim vale tudo. Longe disso. Longe mesmo. Mas, inquieto e ansioso que sou sempre desejei duas coisas: 1) deixar a mão. Fixar um legado. Uma marca e 2) Construir. Realizar.

Assim, sempre fui ingênuo e acreditei em toda a minha vida que a empresa é sistêmica. Que somos peças de uma mesma engrenagem. Que os departamentos são ligados e há uma relação clara de causa e efeito entre as áreas. Os muros foram derrubados. A palavra é colaboração. Até porque em muitos casos que aprendemos a competir, deveríamos ter sido educados a colaborar.

Pensando assim, ainda que em uma área. Eu pensava: "eu sendo o dono. O que faria? O que mudaria? O que corrigiria." Nunca fui aquele chato, nem o boçal, nem o metido. Mas depois de muitos constrangimentos, humilhações e decepções com as pessoas, eu aprendi a duras penas depois de ser poldado pela vida corporativa, que é melhor eu ficar na minha. Tipo: vou fazer o tenho que fazer, claro da melhor forma possível. E os outros que se virem. Nada de amizades no trabalho. Nada de intimidades. Nada de confidências. Nada de se abrir para quem quer que seja. Ficar na minha. Foi algo muito difícil de aprender. Não ser mais real que o rei. Entender que toda empresa tem um dono e não sou eu.

Mas o que mais de importante ocorreu como consequência desta infeliz e burra maturidade foi que: não procure a exaltação. Não busque aparecer. Seja discreto. Não force uma aproximação com quem manda. Ficar na minha e ir entregando o mais rápido e bem feito possível o meu trabalho com certeza vai chegar ao ouvido e olhos do dono dos bois.

Não sentar na cadeira da frente. Mas sentar atrás e, quando for convidado a ficar na frente, ir com orgulho e alegria porque fui por convite e não por ato de malícia profissional. Essa é a lei.

"8 Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu;

9 E, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar.

10 Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa." (Lucas 14)


"Senhor Deus e Pai. A saudade por minha família é grande. Quero voltar logo. Perdo-me por fazer tanto tempo que não leio a Bíblia. Mesmo ela estando aqui ao meu lado, disponível. Ainda que eu tenha tempo de sobra para ler pois fico até mais tarde lendo livros de negócios, passeando na internet e assitindo a Globo News. Desculpe-me. Não nego. É puro desinteresse e preguiça. Obrigado por tudo meu Pai. Perdoe os meus pecados. Ajuda-me a dormir. Em nome de Jesus. Amém."

terça-feira, 26 de maio de 2009

Sinto-me leve. Quase levitando. Estou por um minuto sem pecados.

Ô Pai Amado. Eu te amo Deus. E grito: EU TE AMO PAI. Ah meu Pai, que sensação maravilhosa é essa tão diferente, que me faz sentir leve, quase levitando. Sabe o que eu sinto Deus? Que sem o peso do pecado que eu insisto em deixar como uma cicatriz aberta mesmo sabendo que para você ele nem existe mais, eu me torno mais sobrenaturalmente transformado. Como se eu realmente percebesse que não sou desse mundo. Que Você me espera do outro lado da vida. E que vou poder permanecer abraçado contigo, com o rosto em seu peito chorando de alegria porque tudo é verdade, pelo tempo que desejar. Que, com a alma branca como a neve, vou me considerar verdadeiramente santo, ainda que sabendo que já era separado pra ti.

Que leve eu me sinto Deus. Poderia morrer agora. Sei que esta não parece ser a declaração de alguém que desejaria a morte todos os dias pra viver contigo. Mas Deus, sou humano e tenho medo de morrer. Sinto-me também eterno como todos os que conheço. Mas hoje não.

Não sei o porque hoje e agora estou saboreando esta sensação. Mas desconfio. Estou em paz comigo. Estou apaixonado, com saudades e plenamente encantado e satisfeito com a minha espôsa. E mesmo com um passado negro, eu tenho a segurança do perdão e do amor de Deus. Obrigado Deus. Obrigado Senhor por voltar-se a um comum, mesmo Tú que és Santo e Grande.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Retorno de Uma Paixão

Estou eu aqui. Distante da minha família. Estarei retornando daqui há 4 dias. Há pouco falei com eles. Fico realmente emocionado quando percebo que por muito pouco eu não perdi tudo isso. Que por quase nada, eu coloquei no lixo toda uma base para passar o resto da vida feliz. Que por uma grande e imensa irresponsabilidade, eu, de vez, enterraria a possibilidade de sentir na pele o amor genuíno.

Como fui tolo e infeliz quando, mesmo crente, temente a Deus, deixe-me levar pela vaidade de achar que eu poderia arriscar ser feliz longe do que o meu Deus mais preserva, que é uma família pura.

Larguei a minha companheira inseparável, a minha amiga desde os 9 anos, a Bíblia. Deixei de ministrar cursos que falavam do amor de Deus. Fui embora. Partí a caminho da porta larga que ao final quase me levou a morte. Hoje, o meu aguilhão, que são as lembranças da lama na qual chafurdei, dói e me faz ter vontade de chorar. Minha vontade é muitas vezes a de gritar bem alto: "Perdãããããoooo!!!! Pelo Seu Amor, perdãããooo...meu Pai". Esta carga ainda paira sobre as minhas costas.

Achei, sinceramente, que nunca mais iria voltar a me apaixonar como um adolescente por minha fiel espôsa. Orei. Orei.Orei e Orei. Hoje, eu amo tanto, tanto e tanto. Hoje sinto o meu coração alegremente acelerado quando falo com ela do jeito que nos falamos agora, distantes. Retornei a me apaixonar adolescentemente por ela.

"Graças te dou ô Pai porque me pertiu conhecer na pele ainda em vida como é boa a sensação de receber um perdão genuíno e divino vindo de um ser mortal como a minha espôsa."

"Louvo a ti meu Jesus que me trouxe a luz, abriu o meus olhos e conservou a minha família para o meu retorno e que me presenteou com esta mágica paixão."

"Obrigado Deus por tudo. Perdoe os meus pecado Senhor. Renova as minha forças. Dá-me sabedoria (e de muito!) para que eu tenha sensibilidade de identificar o maligno e saiba escolher o melhor caminho que agrada a ti."

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Após pecar, ore pedindo perdão e depois ore suplicando a Deus que ele suspenda o castigo ou o sofrimento provocado pelo pecado.

Texto abaixo extraído da Revista Ultimato/Abertura, pág. 3, Ano XLII - nº 318 - Maio-Junho 2009.

"Os cristãos mais sensíveis costumam orar depois de terem cometido algum pecado. São orações molhadas de lágrimas verdadeiras, o choro da tristeza provocada pelo arrependimento. Logo após o canto do galo naquela madrugada sombria, Pedro saiu da casa de Caifás "e chorou amargamente" (Mt 25.75).

Porém o pecador não vive só de orações de confissões de pecado. Outras orações são necessárias.
Ele precisa suplicar em alto e bom som que Deus suspenda o castigo ou o sofrimento provocado pelo pecado.

O exemplo mais dramático talvez seja aquela oração de Moisés, feita em Taberá, logo após a reclamação do povo contra o Senhor, que lhes dava todos os dias tudo que era necessário (água, maná, sombra, luz, orientação e proteção). O incidente está registrado no Pentateuco: "Quando o Senhor ouviu as suas reclamações, ficou irado e fez cair fogo em cima deles. O fogo queimou no meio deles e destruiu uma ponta do acampamento. Então o povo gritou, pedindo socorro a Moisés; Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou" (Num 11:1-2, NTLH)

No capítulo seguinte há outro exemplo de orações posteriores ao pecado. Arão e Miriã criticaram Moisés, o irmão mais novo, por ter se casado com uma mulher da Etiópia, e também porque tinham inveja dele. Parece que o pivô do pecado era mais Mirião que Arão. Como consequência desse "momento de loucura", Miriã, que havia tomado conta do cestinho com o irmão recém-nascido colocado no rio Nilo, "foi atacada por uma terrível doença de pele e ficou branca como a neve". Então Arão pediu a Moisés que orasse em favor da cura de Miriã, o que de fato aconteceu (Nm 13.9-16).

Esse tipo de oração é lícito e nada impede que seja feito, porque a misericórdia de Deus dura para sempre.
Porém Deus NÃO SE OBRIGA a suspender o sofrimento pós-pecado. No caso de David, o salmista de Israel passou uma semana inteira deitado no chão orando pelo bebê fruto do seu adultério com Bate-Seba, e a oração NÃO FOI ATENDIDA.

(...)

O povo de Deus precisa aprender a fazer as orações posteriores ao pecado. E os ministros da Palavra devem encorajá-lo a orar desta maneira, em benefício do próprio rebanho."

terça-feira, 19 de maio de 2009

Alguém que aceitou a Cristo mas não mudou. Eu conheço.

A minha vida toda depositei todo o meu crédito na idéia que uma pessoa que aceita a Cristo obrigatoriamente sente e as pessoas que convivem com ela percebem uma transformação de vida. Quando alguém, cristã, permanecia com os mesmos comportamentos, eu acreditava verdadeiramente que esta pessoa tinha se convencido e não se convertido. Ainda que esta expressão já esteja desgastada de tanto que é falada, ainda é a que mais encontro para este tipo de situação. No entanto, refletindo percebi dois pontos importantíssimos: 1) que quando eu separava os convencidos dos convertidos eu estava esquadrinhando o coração dos mesmos através de um raio x que eu arrogantemente fazia de seus comportamentos, função essa somente de autoridade do meu Senhor Jesus Cristo e 2) você conhece alguém que antes era boçal e depois que se converteu ficou o mesmo? uma pessoa que era arrogante, prepotente e que depois que aceitou a Cristo continuou do mesmo jeito? um amigo ou colega que falava uns palavrões, contava umas piadas "imorais" e que após "virar" cristão não acabou com esse comportamento? você, por exemplo, que anteriormente se masturbava muito e neste momento pensava em muiiiittaaa gente e que depois de se "batizar nas águas" não mudou praticamente nada? Um chefe, que se diz líder, que gritava e humilhava e que agora permanece do mesmo jeito? Um cara que dava em cima de muita garota, mesmo comprometido e não mudou? Pois é se você conhece, eu também conheço. E você já refletiu sobre várias pessoas que eram viciadas em álcool e depois de se reunir nos AA, mudou seu hábito, mesmo sem necessariamente aceitar a Cristo? Eu conheço. Você conhece gente que era viciada em drogas e que após ir ao fundo do poço e receber ajuda, essa pessoa tornou-se um ex-viciado sem com isso ter reconhecido Jesus como seu Salvador? Você tem conhecimento de alguém que era muito arrogante e depois passar por um grave problema (seqüestro, doença grave etc.) experimentou uma grande transformação e hoje é budista? Eu conheço. Você sabe de alguém que era todo torto e ao ir à uma palestra motivacional de auto-ajuda ou ler um livro do Dalai Lama, sentiu-se tocado e mudou de vida? Eu conheço.

Ora, se os relatos apresentados destes hipotéticos mas reais personagens são conhecidos, posso tirar uma grande conclusão que dificilmente será aceita pela turma míope evangélica: que não necessariamente uma transformação de vida ocorre ao aceitar a Cristo.

O fato de aceitar a Cristo como Senhor e Salvador de minha vida não traz consigo uma mudança de comportamento. É verdade que o fruto do Espírito produz comportamentos como a tolerância, paciência, domínio próprio etc. Mas não só o fruto do Espírito. Se assim fosse, alguém com todos os 9 produtos do fruto poderia ser considerado alguém cheio do Espírito Santo, mesmo sem antes crer em Jesus. Estes produtos podem ser frutos de um querer pessoal em mudar. Isto pode ser conseqüência de contatos com experiências que trouxeram um despertar à uma necessidade de mudar, que como vimos pode vir através de uma palestra, livro, ensinamentos diversos, conselhos, traumas etc.

Essas transformações podem também vir através do Espírito Santo, como produtos de seu fruto como já relatei acima.

Mas o que na verdade há quando aceitamos a Cristo? Que tipo de transformação posso assegurar que existe? a resposta é uma só: A SALVAÇÃO DA ALMA. Ou seja, a futura transformação da alma de alguém que ao morrer, morreu em Cristo. Quando alguém entrega a sua vida à Cristo, a sua alma é vendida à Deus pelo preço do sangue do Cordeiro. Ela torna-se separada para Deus. Morreu? Ele toma o que é dele. O que precisamos a partir daí é nos preocuparmos com nosso testemunho e nos policiar para gerarmos de forma perceptível as mudanças de comportamento apontadas como produtos do fruto plantado em nós do Espírito Santo de Deus.

sábado, 16 de maio de 2009

Esta raiva que me consome

Na última semana deste mês estarei viajando para acompanhar o início de uma ação promocional em uma rede de supermercados. Nesta semana que passou, fui infeliz na forma como lembrei ao Gerente de Vendas da filial onde ocorrerá a ação, que um ítem que não foi cumprido no checklist foi de sua responsabilidade. Enfim, recebi dele com cópia para algumas pessoas um e-mail carregado de ira e que conseguiu me ferir feio, pois atingiu na minha fraqueza: que sendo de perfil manso, sofro com a pressão do mundo por uma resposta "de macho" a todas as ofensas recebidas. Foi assim que me ensinaram. Eu não sei se com você também foi assim. Procurar o domínio próprio, umas das ações propostas por Paulo como conseqüência do fruto do Espírito Santo, muitas vezes é confundido como covardia diante de um adversário. Mediante um confrontamento, todos gritam: "ah se fosse eu! Prestava não. Eu dava logo uma mãozada. Dava uma lição etc etc etc.". Apontando para a sua cara, o mundo diz: "vai reagir não?". Lembrei-me que Jesus não me ensina a ser idiota. Ele mesmo tirou o sinto e derrubou as mesas dos "cambistas" no templo, gritando e explusando-os. Uma atitude que parece questionável ou conflitante com o sermão do monte. Mas Jesus era assim todas as vezes que alguém "cutucava com vara curta" tudo que era de seu Pai. Mas nele mesmo? Ele simplesmente não se sentia. "Passava batido". Não mexia com ele quando alguém O ofendia. Eu mesmo não preciso me administrar para não reagir quando alguém me constrange. É de minha natureza. Sinto-me descontrolado é quando alguém "cutuca" minha família. Mas dessa vez foi diferente. Olhei para o rapaz que trabalha comigo e vi a sua cabeça cabisbaixa e sem graça quando ele leu a cópia que recebeu do e-mail. Olhou pra mim e saiu da sala. Nesta hora pensei em tudo. Isto foi há 04 dias e ainda não consegui limpar a idéia que preciso reagir como um homem comum. Como um macho. Às vezes me pego alimentado a raiva para que chegando lá no dia da viagem, eu possa dá uma surra nele. Aí, sinceramente, eu não sei o que está me segurando: se a vontade de não manchar meu testemunho como crente perante Deus ou com a possibilidade de perder meu emprego. Neste momento, por exemplo, são 01:43 e não estou conseguindo completar o relatório que entregarei para a diretoria neste domingo por e-mail. A causa disso: o pensamento que martela na minha cabeça de"não deixar por menos". Que coisa estúpida e imbecil. Que crente pequeno que sou. Jesus, tenha piedade de mim, pobre e sujo pecador. Ah! Se não fosse a Graça de graça de Cristo. Ah! Se não fosse a sua misericórdia. Eu estaria aniquilado. "Senhor meu Deus e Pai amado. Perdão pelos meus pecados Deus. Pelo seu amor. Feche os olhos sobre esta minha fraqueza. Esqueça destes pensamentos tolos e imaturos. Se assim não for, como conseguirei olhar pra cima e falar contigo da próxima vez Pai? Socorre-me Deus. Limpa-se. Tira de minha cabeça estes meus pensamentos imorais e impróprios de alguém que tenta de servir. Ajuda-me a dormir. Em nome de seu filho, o meu Salvador, Jesus Cristo. Amém."