segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O peso do pecado

Ao sentir a morte, as mãos começam a formigar. Os lábios, trêmulos e ressecados, avisam que algo de muito estranho está ocorrendo. Um frio arrepia a pele, a visão começa a ficar confusa. Um embrulho enorme no estômago começa. Enjôo, náuseas e dor. Um sensação de aperto no peito fica forte...vem a agonia. Enfim, sente-se como se algo estivesse indo embora. Os olhos vão fechando. As forças pra reagir se foram. A morte chegou.

Sem medicamentos, a morte é precedida de alguns sintomas, dores etc.

E como ocorre com a morte, não poderia ser diferente com o pecado quando concebido.

"Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte." (Tiago 01:15)

No caso do pecado, os sintomas acontecem depois. Pois depois do pecado, vem as dores e depois a morte.

O pecado, traz consigo uma grande quantidade de dores. Enquanto pecamos, o prazer não nos cega, pois não somos tão inocentes assim, mas ele nos alcooliza e ainda que tenhamos total consciência do que estamos fazendo, decidimos continuar porque é prazeroso, ainda que não seja bom. Depois do pecado, o sentimento de vazio chega com tudo. Uma sensação horrível toma conta do corpo. Aos poucos vai dando uma vontade de chorar. Arrependimento. Esta é a palavra. Não nos arrependemos do que é bom. Se isto acontece é porque algo de ruim foi concebido. O Espírito de Deus, que é puro, sem pecado algum, imaculado, começa a se contorcer todo. De dentro do corpo parace dar pra ouvir o Seu grito: "nããããoooooooooo"!!!! Como se as toxinas originadas pelo ato pecaminoso, invadissem a nossa corrente sanguínea como um veneno e "atacasse" o Espírito Santo de Deus.

Aperto no peito, choro, angústia...AGONIA.

O pecado deixa em todos o seu espinho na carne. Não vale a pena pecar.

Mas como filho de Deus, eu experimentei algo maravilhoso. Ao orar chorando, o Senhor Jesus veio pessoalmente e com as suas mãos retirou uma cruz de ferro fundido das minhas costas. Naquela hora, senti um alívio gigantesco. Ele então me pegou em seus braços e me beijou. Cortou então a sua pele, pegou o seu sangue e começou a lavar-me. Percebi que ele chorava comigo pois suas lágrimas me molhavam e ao entrar nas minhas narinas e boca, limpavam o meu sangue...senti que o meu pecado estava indo embora. Meus olhos, antes fixo e negros, algora começavam a ver nitidamente a face de Cristo. Abri um sorriso. Estava recuperando as minhas forças. Fiquei de pé. Beijei-o e ouvi dele: "porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados." (Jeremias31:34). Depois de uma pausa Ele concluiu com uma cara séria: "Eu não te condeno, vai e não peques mais" (João 8:11).