quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Você conhece crente que fala palavrão?

Pra começar, eu conheço. Também sei de crente que não dá passagem no trânsito. Fica com aquele olhar fixo pra frente sem olhar pros lados para não ter que aceitar um pedido de outro carro para entrar na sua frente. Sei de um que quando um carro atrás aparece e faz um sinal com a “luz alta”, ele aperta no freio. “Só de mal”. E depois deixa o “cara” passar, pra depois ficar atrás e “descontar” com luz alta. Vi um também que, discutindo com a mãe, chegou ao ponto de mostrar-lhe o dedo médio e mandá-la praquele lugar. Uma vez soube de um que quando podia, traía a sua esposa. Enfim. Mas por que isso acontece? Por que o Espírito Santo que habita nessas pessoas não as mudou?
Por favor, não me responda que é porque essas pessoas não se converteram de verdade. Porque assim, você se torna juiz. E deixe para Jesus o poder de enxergar “além do alcance”.
Mas há algo mais intrigante. Você conhece alguém que mudou radicalmente a sua vida mesmo sem “conhecer a Cristo?” Tipo, alguém que era de um jeito, começou a refletir melhor o seu jeito depois de assistir uma palestra de programação neurolinguistica, auto-ajuda ou motivação? Alguém que após ler algo, transformou o seu comportamento? Você sabe de alguém que, sendo Espírita, é mil vezes melhor de conviver do que um evangélico? Pense bem. Quantas pessoas entram em grupos como AA etc. e sem entregar a sua vida a Cristo, são transformadas??!!! Muitas. Mas por que?
Isso tudo ocorre por um motivo simples. O comportamento não identifica alguém perdoado por Cristo, alguém lavado em Seu sangue. Um bom comportamento deve ser um objetivo de vida pra todos, independente de qualquer coisa. Ser educado, gentil, amoroso, generoso tem que se tornar um alvo diário. Se assim não for, o nosso convívio se tornará insuportável.
Tentar identificar alguém pelo comportamento em primeiro lugar é pura arrogância, prepotência. Pois quem julga, no fundo, acha-se juiz, um modelo: “Ah se todos fossem iguais a mim”. Além do mais não cuida da própria vida e não enxerga seus próprios defeitos. “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” (Mateus 7:03)
Assim, a diferença está no recebimento imerecido da salvação da alma oriunda da misericórdia e graça de Deus e não no comportamento.
Cuidado com a sua arrogância.
“Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (1 Co 10:12)