quarta-feira, 27 de maio de 2009

Na empresa ou na vida. Ficar na minha. Ser discreto. Falar o menos possível. Essa é a lei.

Acabo de voltar do Shopping Recife. Não o conhecia. Fui procurar uma livraria. Hoje no centro avistei a Livraria Cultura. Pensei quando cheguei no hotel por volta as 20:30 depois de um dia de trabalho que começou as 7:00 da manhã, em visitar a Cultura. Mas o Shopping Recife é vizinho e me informaram que lá existe a Saraiva.

É realmente uma grande livraria. Acabei comprando um livro: "Hábitos de Consumo".

Sabe, mudei muito mesmo o meu comportamento na empresa. Antes eu não aceitava e ficava demasiadamente incomodado em ser mais uma peça no tabuleiro de xadrez. Não que isso signifique que pra mim vale tudo. Longe disso. Longe mesmo. Mas, inquieto e ansioso que sou sempre desejei duas coisas: 1) deixar a mão. Fixar um legado. Uma marca e 2) Construir. Realizar.

Assim, sempre fui ingênuo e acreditei em toda a minha vida que a empresa é sistêmica. Que somos peças de uma mesma engrenagem. Que os departamentos são ligados e há uma relação clara de causa e efeito entre as áreas. Os muros foram derrubados. A palavra é colaboração. Até porque em muitos casos que aprendemos a competir, deveríamos ter sido educados a colaborar.

Pensando assim, ainda que em uma área. Eu pensava: "eu sendo o dono. O que faria? O que mudaria? O que corrigiria." Nunca fui aquele chato, nem o boçal, nem o metido. Mas depois de muitos constrangimentos, humilhações e decepções com as pessoas, eu aprendi a duras penas depois de ser poldado pela vida corporativa, que é melhor eu ficar na minha. Tipo: vou fazer o tenho que fazer, claro da melhor forma possível. E os outros que se virem. Nada de amizades no trabalho. Nada de intimidades. Nada de confidências. Nada de se abrir para quem quer que seja. Ficar na minha. Foi algo muito difícil de aprender. Não ser mais real que o rei. Entender que toda empresa tem um dono e não sou eu.

Mas o que mais de importante ocorreu como consequência desta infeliz e burra maturidade foi que: não procure a exaltação. Não busque aparecer. Seja discreto. Não force uma aproximação com quem manda. Ficar na minha e ir entregando o mais rápido e bem feito possível o meu trabalho com certeza vai chegar ao ouvido e olhos do dono dos bois.

Não sentar na cadeira da frente. Mas sentar atrás e, quando for convidado a ficar na frente, ir com orgulho e alegria porque fui por convite e não por ato de malícia profissional. Essa é a lei.

"8 Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu;

9 E, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar.

10 Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa." (Lucas 14)


"Senhor Deus e Pai. A saudade por minha família é grande. Quero voltar logo. Perdo-me por fazer tanto tempo que não leio a Bíblia. Mesmo ela estando aqui ao meu lado, disponível. Ainda que eu tenha tempo de sobra para ler pois fico até mais tarde lendo livros de negócios, passeando na internet e assitindo a Globo News. Desculpe-me. Não nego. É puro desinteresse e preguiça. Obrigado por tudo meu Pai. Perdoe os meus pecados. Ajuda-me a dormir. Em nome de Jesus. Amém."

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